Rússia quer aumentar produção de tecnologias de defesa

Fundação da Investigação e Inovação pretende ser um motor para facilitar o desenvolvimento dessa tecnologia no país.


Arun Mohanty, especial para Gazeta Russa

Há cerca de um ano, a Rússia criou a Fundação da Investigação e Inovação (FPR na sigla em russo), uma organização projetada para incentivar as pesquisas científicas e a produção de tecnologia militar no país, cujas atividades estão começando a ser desenvolvidas. Com financiamento estatal, a fundação tem entre seus principais objetivos analisar os potenciais desafios à segurança da Rússia e possíveis ameaças aos interesses nacionais.

De acordo com o presidente da Rússia, Vladímir Pútin, a fundação também apoiará pesquisas científicas e militares que podem facilitar a produção de tecnologias de defesa civil e militar.

A FPR fncionará como um motor tecnológico para facilitar inovações nas áreas militar e sócio-econômica e garantir sua rápida produção e implementação. Para o presidente russo, os cientistas da fundação devem pensar e agir à frente de seu tempo, criando um arsenal militar mais moderno para as Forças Armadas russas.

Durante o ano passado, a FPR recebeu 1.100 propostas, das quais 77 foram aprovadas. 12 projetos já estão em execução, entre eles as ideias denominadas Defensores do Futuro, Arranque Aéreo e Comando 112. O primeiro projeto deverá substituir os soldados no campo de batalha por robôs. A implementação do segundo projeto vai facilitar o lançamento de objetos espaciais a partir de aeronaves do tipo AN-225 Mriya. O terceiro projeto ajudará a emitir alertas de emergência especiais. O período de execução varia: o projeto Arranque Aéreo poderá levar sete anos, enquanto os outros poderão ser implementados muito mais rápido.

A FPR não vai repetir os projetos já incluídos nos ambiciosos programas russos de armamento de longo prazo. O Programa de Armas Estatais deverá se concentrar exclusivamente nas tecnologias militares.

Pútin decalrou que os cientistas devem assumir riscos financeiros relacionados com a realização de pesquisas cujo resultado pode ser imprevisível. Ele pediu à fundação que selecione projetos que não sejam parecidos àqueles desenvolvidos em outros países.

A fundação vai trabalhar em colaboração com os principais centros de pesquisa, universidades e instituições industriais do país. Os principais objetivos da FPR são o fortalecimento da infraestrutura de pesquisa e a elaboração de novos métodos de organização e pesquisa científica no país.

A FPR já aprovou a criação de laboratórios mais modernos nas universidades técnicas e nos institutos da Academia de Ciências da Rússia e recrutará especialistas qualificados de todo o país.

Arun Mohanty é o diretor do Centro de Estudos da Rússia e da Ásia Central da Universidade Jawaharlal Nehru e presidente da Fundação Euro-Asiático (Nova Deli, Índia).

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